Bolsa em alta, dólar em baixa, o que esperar da economia brasileira

Cenário internacional, inflação e processo eleitoral, veja o que afeta a economia brasileira em 2022

Os últimos dias têm sido de muita indefinição na economia brasileira e mundial e isso provocou um efeito cascata em muitos investimentos; a bolsa em alta e o dólar em baixa são apenas alguns dos reflexos mais aparentes desse período.

Como expoentes desse período temos eventos no Brasil e no exterior. A ocupação russa sobre o território ucraniano redefiniu o mercado de ativos e commodities, fragilizando compras futuras de certos elementos (em especial o trigo), além de ter afetado significativamente a rentabilidade do dólar e do euro que tem apresentado forte queda.

Nenhum especialista brasileiro imaginaria que o dólar recuaria para o patamar de R$ 4,70 há menos de um mês de estar em quase R$ 5,80. E não se trata de uma valorização do real frente à moeda americana, é, ao contrário, uma simples e massiva desvalorização do dólar em escala mundial e que afeta o mundo todo e absolutamente todas as economias que se pautam pelo indicador norte-americano.

O conflito entre Rússia e Ucrânia somado às variações do dólar incidem ainda sobre ativos da economia russa como o gás natural e a gasolina. Com as restrições de compras impostas pela comunidade internacional aos produtos russos, os Estados Unidos e a Europa já correram às compras no Oriente Médio e na Venezuela deixando países como o Brasil com poucas opções – e as mais caras, certamente. Isso explica o alto valor da gasolina no Brasil e a tendência de alta cada vez mais proeminente.

Afora o cenário internacional, o ambiente interno não ajuda. As eleições brasileiras serão intensas e poderão intensificar celeumas em nossa economia, e a inflação segue solta e sob absoluto descontrole, com índices inimagináveis há algumas décadas.

Para quem possui reservas em dólar, a previsão é de que a moeda americana permaneça em queda por um período, podendo chegar até a escala dos R$ 4,00 antes de iniciar novo processo de estabilização. Ou seja, é o momento dos investidores começarem a pensar em se livrar dessas reservas e diversificar a sua carteira.

Iniciado o período de estabilização, espera-se que o dólar encerre o ano valendo aproximadamente R$ 5,30, mas até lá as oscilações podem provocar muitos estragos.

Dólar em baixa, bolsa em alta e necessidade de diversificar carteira

dólar em baixa

Em contrapartida, ações da Bolsa de Valores brasileira têm subido consideravelmente, demonstrando ser um bom investimento, ainda que servindo temporariamente como elemento de “contenção de danos”. Ou seja, vale investir na Bolsa ainda que por tempo limitado apenas para recuperar recursos que podem ter sido comprometidos por outros investimentos como o dólar e o ouro.

Outra aposta segura para os investidores da bolsa são exatamente os commodities. Se por um lado quando o Brasil precisa importar certos produtos, esses elementos são danosos, ao fazer o caminho inverso o retorno é certo. Enquanto exportador o Brasil detêm amplas reservas de café e soja, essenciais para um mercado consumidor sedento de opções além da Rússia.

Vale procurar por uma assessoria especializada para avaliar opções e riscos e até a possibilidade de transposição de recursos entre dólar e bolsa.

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