Saiba se é uma boa escolha investir no Tesouro Direto
Aplicação pode ser feita com investimento inicial de R$ 30, saiba se vale a pena e se oferece riscos
Quem tem conta no aplicativo do Pagbank, antigo PagSeguro, ou trabalha com esse banco digital pertencente ao mesmo grupo que é dono do Portal Uol e da Folha de São Paulo, nos últimos dias se viu submetido à exaustão às propagandas do sistema de investimentos deles no Tesouro Direto.
O Pagbank foi mais um dos inúmeros bancos a aderir a esse sistema de renda fixa e disponibilizar a comercialização dos títulos ao seus correntistas.
De forma muito simples e com pouco dinheiro é possível usar o próprio aplicativo para iniciar as aplicações nessa forma de investimento de renda fixa. Só que, será que é uma boa oportunidade ou o tesouro direto não é tão vantajoso assim?
Criado em 2002, o Tesouro Direto é uma aplicação que se enquadra entre àquelas de renda fixa, em que o investidor sabe previamente o valor que será como compensação ao final do seu prazo de aplicação. Ao menos ele pode projetar tendo o período corrente como referência.
Com pouco dinheiro você já pode investir nesse sistema que negocia títulos públicos do Tesouro Nacional – ou seja, do governo federal – e funciona a partir de um programa coordenado pelo próprio Tesouro Nacional em parceria com a B3, a Bolsa de Valores do Brasil. Portanto, é um sistema seguro, o que já é muito importante.
Assim como outras aplicações de renda fixa – em especial o CDB, o RDB e a LCI – o Tesouro Direto funciona quase como um empréstimo do cidadão comum, o investidor, ao governo federal. Em troca este emite (vende) títulos da dívida que podem ser recuperados em um prazo estipulado no ato da aplicação.
Aliás, se você não precisar recuperar o dinheiro com urgência, a sua taxa de imposto de renda sobre os lucros cai bastante.
Com 180 dias de aplicação as taxas fixadas são de 22,5% sobre o lucro obtido, enquanto para 721 dias essa taxa cai para 15% dos lucros.
Como funcionam os rendimentos do Tesouro Direto?
Já os rendimentos são variáveis: dependem do que você contratar no momento de aplicação. Estão disponíveis no Brasil onze padrões de rentabilidade para os títulos do Tesouro Nacional, cada qual atrelado à taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) ou ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e com preços diferentes por título emitido.
Por isso é bom consultar um especialista ou gerente de contas antes de se decidir por qual aplicação seguir.
Os títulos podem ser adquiridos a partir de R$ 30 e você pode comprá-los ou resgatá-los através dos bancos tradicionais, dos bancos digitais, como o citado Pagbank, ou diretamente através do site do Tesouro Direto, também chamado de Portal do Investidor.
Caso você tenha dificuldades para calcular o rendimento, certamente seu gerente fará isso por você. Em alguns aplicativos essa estimativa é dada de forma automática.
Quando posso fazer o resgate dos títulos do Tesouro Direto?
O investidor pode resgatar o dinheiro aplicado no Tesouro Direto a qualquer tempo, embora os especialistas apontem que o ideal é que ele respeite o prazo acordado no momento da transação de compra. Contudo, se precisar do dinheiro para qualquer coisa ele pode fazer o resgate, só pagará uma taxa ou imposto maior sobre seus rendimentos.
Por todas essas características, o Tesouro Direto oferece baixo risco aos investidores, sendo uma ótima opção para àqueles com perfil conservador. Porém, antes de investir faça uma simulação levando em consideração os rendimentos de outras aplicações de renda fixa como o CDB, o RDB e, sobretudo, a LCI.